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Channel: racismo – Aventar
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Resistir é outra coisa

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Quando ouvi falar do caso, comentei com um amigo, adepto de posições demasiadamente securitárias para o meu gosto, que, se um bando de criminosos intimida uma comunidade, e a comunidade se organiza para se defender e repelir o gangue, estaria sempre do lado da resistência.

Acontece que o que se passou há dias, no Porto, não foi resistência. Foi um gangue violento que invadiu propriedade privada para espancar pessoas que ali estavam.

Um acto criminoso de contornos racistas, perpetrado por uma quadrilha que inclui criminosos reincidentes, identificados pelas autoridades como neonazis, com o objectivo de intimidar imigrantes.

Um crime de ódio, portanto.

É importante, pois, afirmar o óbvio: que uma sociedade democrática não pode aceitar esta conduta.

Muito menos normalizá-la com adversativas.

Que os delinquentes em questão devem ser severamente punidos.

Que quem aproveita a situação para promover agendas políticas autoritárias é inimigo da democracia e do nosso modo de vida.

E que não existem meios termos.

Ou estamos contra esta forma de terrorismo politicamente motivada, patrocinada pelo bandalho do costume, ou estamos do lado da democracia.

Não existem meios termos.

E, já agora, este crime tem autores morais. Vários. A começar no Bolsonaro da Wish e a terminar num político que outrora se afirmou liberal, sendo hoje mestre de cerimónias dos ultras conservadores que sonham com mulheres na cozinha. Dois oportunistas, portanto. Todo o cuidado é pouco.


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