“É gás pimenta, ó animal”: militares da GNR torturam por diversão imigrantes de Odemira
Quantos mais “casos isolados” de violência policial terão de haver para percebermos, enquanto sociedade, que já não são casos isolados?
As autoridades competentes da UE ou da ONU têm alertado: cuidado com a infiltração da extrema-direita nas Forças de Segurança portuguesas. Mas ninguém parece estar minimamente interessado.
E assim vamos caminhando, de “caso isolado” em “caso isolado”. E o caso mal parado. E assim vamos caminhando, de “maçã podre” em “maçã podre”. E a cesta cheia de bicho. E assim vamos caminhando… O presidente da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia da PSP diz não ver, na PSP, infiltrações da extrema-direita. Se não as vê, é óbvio, é porque não existem. Toda a gente sabe que, para um cego, o mundo é uma quimera. Exemplo prático: ontem, no táxi em que seguia, o taxista disse-me, a certa altura, que iria pisar uma linha contínua. “Faça de conta que não viu nada!”, solicitou, em amena cavaqueira. E eu, de facto, não vi: ia com o focinho colado ao telemóvel… E se eu não vi, não aconteceu; porque o mundo, para mim, é uma quimera com problemas de visão.
Cova da Moura. Cláudia Simões. Ihor Homeniuk. Odemira. Só nos últimos anos. Desde 2015 até hoje, estes são os “casos isolados” que se conhecem. E os que não vieram a público?
Quem será o próximo alvo?
Para desanuviar, mas falando com a maior seriedade, oiçam o que tem para vos dizer o Chris Rock sobre “bad apples” nas Forças de Segurança.